Tantra e Morte: Você não sabe viver porque esqueceu que vai morrer.

Você não sabe viver porque esqueceu que vai morrer.

E porque esquece da morte, também não sabe sentir prazer. A vida se esvai em preocupações fúteis, em uma busca incansável por uma perfeição plástica, roteirizada, sem falhas. Mas viver é imperfeito. Viver é errar. Viver é permitir-se inteiro – e, na ânsia pelo controle, nos negamos aquilo que temos de mais precioso: a completude do ser.

Quantas vezes você já adiou o prazer? Um dia corrido, uma semana estressante, um corpo que carrega cansaço e a mente saturada de pensamentos. Os hormônios da luta inundam suas veias, mas contra quem você está lutando? Contra você mesmo. E, no meio dessa guerra interna, esquece o essencial: que um dia, inevitavelmente, morrerá.

Ninguém entra na eternidade sem primeiro viver e morrer repetidas vezes. O Tantra, na visão de Osho, nos ensina que a morte pode ser diária: a morte dos símbolos que nos aprisionam, a morte dos medos que nos paralisam, a morte das amarras que nos mantêm em relacionamentos vazios, rotinas exaustivas, desejos reprimidos. Porque só ao deixar morrer o que não nos serve é que podemos renascer para algo novo, vibrante e pleno.

A morte do corpo é fácil. Um passo errado, um mal súbito, um instante e tudo acaba. Alguns choram por anos, outros por meses, dias ou minutos. Mas, no fim, a vida segue. E você? O que fez com a sua? Passou os dias moldando-se aos desejos dos outros, sacrificando seu prazer, adiando sua liberdade?

Aprenda a morrer sem precisar partir. Aprenda a viver antes que seja tarde.

O Tantra não é uma promessa vazia – é um convite valioso para aqueles que ousam despertar. Você pode assistir a vida passar ou pode começar agora. A escolha é sua.

Autor: Apoorva